quinta-feira, 1 de julho de 2010

Espetáculo (Fotos )

É descrito um reino que tinha a paz e a harmonia como fadas. Um dia, a claridade, dona do reino, ordenou que as duas viessem ao mundo iluminar o coração dos homens, mas estes, dominados pela inveja e cobiça, escureceram os caminhos. As fadas se perderam. A claridade chorou. Uma lágrima caiu sobre um pequeno pirilampo que se agasalhava no lombo de um touro encantado, que habita as praias do Maranhão. O pirilampo e o touro fundiram-se num só personagem para tentar encontrar as filhas da claridade. Com seu pingente de luz, o Boi Pirilampo aproveita o crepitar das fogueiras juninas para percorrer os terreiros de São Luís na eterna busca da paz e da harmonia para, finalmente, colocá-las no coração da humanidade.

O Boi Pirilampo reúne as quatro vertentes (também chamadas de sotaque) de Bumba-meu-boi conhecidas no Maranhão: Orquestra, Matracas e Pandeirões, Zabumba e Pindaré.


Orquestra - Ritmo alegre e melodioso, caracteriza-se pela predominância de instrumentos de sopro, como trombone, clarineta e pistão, típico da Região do Munim;

Matracas e Pandeirões - É o sotaque dos grandes "Batalhões" (Grupos Folclóricos), que evolui sob o estalar uníssono de matracas (dois pedaços de madeira, geralmente pau d´arco, medindo entre 30 e 60 centímetros de comprimento por 5 cm de largura batidos um contra o outro) e o rítmo forte da percussão, predominante na Ilha de São Luís;



Pindaré - Também utiliza-se de matracas e pandeirões e reúne grandes batalhões, mas tem rítmo mais lento, bailado marcado e batidas cadenciadas, presente na Baixada Maranhense, principalmente Pindaré e Viana;

Zabumba - Essa vertente é dominada pelas batidas ritmadas das zabumbas e bailado em círculos. Guarda semelhança com o tambor de crioula, originário do município de Guimarães.




Nenhum comentário:

Postar um comentário